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sábado, 6 de março de 2021

COVID-19

Segunda onda da Covid-19 é marcada por ‘epidemias simultâneas’, diz epidemiologista Antônio Lima

Gerente de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza comenta a segunda onda da pandemia na Capital e analisa situação do País


Com média móvel em torno de 25 óbitos por dia e um quantitativo de casos que já supera o acumulado da primeira, a segunda onda da pandemia de Covid-19 assola Fortaleza de maneira mais agressiva. E, diferentemente da primeira vez, agora a Capital divide a atenção do Governo com outras muitas cidades do Interior com altos níveis de transmissão da doença.

Esse cenário não é exclusivo do Ceará e configura uma das principais preocupações das autoridades sanitárias no momento, segundo o epidemiologista e gerente de Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, conhecido como “Tanta”. “É raríssimo o que está acontecendo. São epidemias simultâneas na maioria dos estados da Federação”, disse.

Além do risco de colapsar simultaneamente os sistemas de saúde de todo o País devido à pressão assistencial, o contexto de alta transmissibilidade da Covid-19 pode fazer com que o Brasil se torne um “celeiro de variantes”. Isso porque, de acordo com Tanta, “quanto mais o vírus circula, maior a probabilidade de existirem novas variantes” dele.

Transmissão em Fortaleza

A média diária de casos confirmados da infecção na Capital em fevereiro foi a maior desde o início da pandemia, afirma Tanta. Maior, inclusive, do que o pico, em maio de 2020.

“Tivemos, em média, em torno de 640 casos por dia. E tivemos, também, outra tendência que se consolidou, que foi um crescimento importantíssimo da mortalidade”, frisa Antônio Lima.