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domingo, 9 de janeiro de 2022

 13 cidades registram as primeiras mortes por Covid-19 no Ceará em 2022; não-vacinados são os mais vulneráveis

A pandemia da Covid-19 já causou 18 mortes nos primeiros sete dias deste ano de 2022, no Ceará, distribuídas em 13 municípios. Foram 12 homens e cinco mulheres, metade deles com mais de 60 anos de idade. Um óbito não teve o sexo informado. Os dados são do portal IntegraSUS, da Secretaria da Saúde (Sesa) do Estado, levantados pelo Diário do Nordeste.

Uma das vítimas também foi um jovem entre 15 e 19 anos. Contudo, dos 17 registros com idade identificada, apenas quatro são de pessoas com menos de 55 anos, idade a partir da qual se considera um aumento na vulnerabilidade.

As cidades com óbitos registrados até esse sábado (8) foram:

  • Fortaleza - 4
  • Cascavel - 2
  • Caucaia - 2
  • Iguatu - 1
  • Canindé - 1
  • Caridade - 1
  • Crato - 1
  • Juazeiro do Norte - 1
  • Pacatuba - 1
  • Pacacuru - 1
  • São Gonçalo do Amarante - 1
  • Sobral - 1
  • Umari - 1


Não há, na plataforma IntegraSus, informações detalhadas de cada um se estavam ou não vacinados.

No entanto, a reportagem apurou, junto à Secretaria da Saúde de Crato, que a morte registrada naquele Município , "foi de um idoso, de 91 anos, que não teria completado o ciclo vacinal".

A Pasta ainda destacou que o caso foge à regra e justificou dizendo que "o Município já aplicou a primeira dose em 99% do público vacinável e mais de 90% da segunda dose. É uma das cidades que mais vacinam no Ceará". 

A médica infectologista Sefora Pascoal, cujo raio de atuação é no Cariri cearense, região onde já há uma morte neste ano, ressalta que "pessoas idosas e com alguma comorbidade são mais vulneráveis e, por isso, devem tomar as duas doses e mais a dose de reforço para que as chances de sintomas mais graves, no caso de ser infectada, reduzam drasticamente". 

Sefora destaca que as chances de um paciente idoso vir a óbito, sem que esteja imunizado, são potencializadas. "Não tem nada mais eficiente do que a vacina. Ela é nossa principal arma neste momento", alerta.

A profissional ressalta, porém, que embora a vacina seja 'altamente eficiente' contra o vírus e reduza a transmissão, "é imprescindível a continuidade do uso das máscaras e distanciamento social".

CRESCENTE LINEAR

Apesar de o número de óbitos neste começo de 2022 ser inferior ao contabilizado em igual período do ano passado (66) a preocupação de especialistas reside no recente aumento de casos após as festas de fim de ano.

"Sempre que houver mais casos, maior será a chance de termos óbitos. Com a vacina avançando, muitas pessoas têm desenvolvido sintomas leves, mas continuam transmitindo. Essa transmissão é que mantém a pandemia viva, aquecida, e isso, uma hora reflete no número de mortes", alertou o professor e infectologista Ivo Castelo Branco.

FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE