'Hoje foi o dia em que me reconheci mais ainda como mulher', diz educadora social trans após mudar de nome e fazer novo RG no interior do Ceará

O dia 6 de julho de 2021 tem um gosto diferente para a educadora social Jhully Carla de Sousa. A mulher de 26 anos conseguiu, ontem, solicitar o seu próprio RG após ter feito a retificação de prenome e gênero na cidade de Juazeiro do Norte, no interior do Ceará. Ela nasceu com o sexo masculino, mas desde jovem se reconhece como mulher. O documento só chega daqui a nove dias, mas a sensação é de, agora, poder ser oficialmente quem é há muito tempo.
"Enfrentei várias barreiras de preconceito, discriminação, da deslegitimação da minha identidade de gênero. Hoje, realmente, foi o dia em que eu me reconheci mais ainda, com a minha identidade em mãos, como mulher", disse.
Jhully fez a solicitação do documento de identidade em uma unidade do Vapt Vupt de Juazeiro do Norte. Em decorrência da pandemia de Covid-19, o serviço está sendo realizado por meio de agendamento, mas a solicitação é confirmada após a presença da requerente à unidade no horário marcado.
Para a educadora social, o novo documento dá mais força para si e garante uma série de direitos: "nós sempre vamos enfrentar a barreira do preconceito, mas, com sua identidade na mão, você prova, mostra pra sociedade que você tem esse direito de ser reconhecida como mulher que é".
FONTE: G1